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Mostrando postagens de 2025

Juntos somos mais fortes - Autoras(es) Independentes

Para quem não sabe, me joguei na carreira de Autora Independente, e vou confessar para vocês: é muito difícil fazer nossa história chegar ao leitor. Não sou conhecida, não tenho nenhuma editora me divulgando, não tenho muito dinheiro, não tenho conhecimento de marketing... enfim, vários nãos. Eu tenho me atirado nas redes sociais para divulgar meu trabalho e lá, conheci muitos outros autores e autoras que como eu, só esperam ter uma chance de serem lidos. O leitor brasileiro muitas vezes prefere o estrangeiro, o famoso... e nesse mercado nós não temos muitas armas para lutar. Mas, eu sou daquelas que acredita que "juntos somos mais fortes" e por isso passarei a divulgar aqui periodicamente títulos exclusivamente de Autoras(es) Independentes Brasileiros e espero que vocês deem uma oportunidade para esse pessoal que só quer ser lido. Sei que sou pequena, mas o que eu quero é ajudar essa galera que, como eu, está na luta em busca do seu público. Sigam o Blog e minhas redes socia...

Promoção Halloween 2025 - meus livros com desconto na UICLAP

  Olha só que supimpa! Cupons de desconto para adquirir meus dois livros no site Uiclap neste halloween! Usando o cupom Halloween10 você ganhará 10% de desconto na compra de dois livros maravilhosos, válido até o dia 02/11/2025.

Dia nacional do livro - E-books grátis

Hoje é dia nacional do livro! 😃  Deixei meus dois e-books gratuitos no Kindle. Passa lá, seria uma honra ser lida por você 🫵. Baixe aqui .

Pesquisas e leituras - "A sina dos seis monçoeiros" - Parte I

  Vi um concurso sobre lendas do Brasil e decidi participar.  Comecei a pesquisar sobre o Rio Tietê e logo encontrei muitas histórias. Uma delas, em especial, chamou muito a minha atenção: As monções foram expedições fluviais que, entre a segunda década do século XVIII e a primeira metade do século XIX, mantiveram contato entre a Capitania de São Paulo e a Capitania de Mato Grosso. Em 1720, houve um comboio em que todos faleceram no trajeto. No decorrer desse ano, ninguém que pegou o trajeto do rio Tietê chegou vivo ao destino.  Além de pesquisar na internet sobre o assunto, li o livro *Relatos Monçoeiros*. Dentre vários trechos marcados, um me chamou a atenção:  "As novas da fertilidade das minas do Cuiabá alucinam as populações. Terra do ouro onde tão vil é o metal que os descobridores, a passarinhar, atiram com os grãos amarelos, para poupar chumbo!" Nossa! Como assim?! Não é à toa que muitos paulistas se aventuraram atrás do vil metal. Comecei a escrever, mas a h...

Prévia do livro A Peleja dos gatinhos pela família

 

A peleja dos gatinhos pela família - parte 1

Publicarei em breve mais um livro, A peleja dos gatinhos pela família é uma emocionante narrativa em versos de cordel que se transforma em uma experiência interativa de colorir.  O livro conta a saga de três corajosos gatinhos que, após serem separados de sua mãe, embarcam em uma jornada cheia de desafios e descobertas para reencontrá-la e reconstruir sua família.  Com rimas cativantes e ilustrações encantadoras, cada página convida o leitor a dar vida às cenas com cores enquanto acompanha uma história de superação, amizade e amor incondicional. Abaixo alguns versos desse livro que, modéstia à parte, está maravilhoso! O meu olhar se abriu, No raiar de um dia, E a felicidade surgiu Com a mais pura magia: Vi minha mãe e meus irmãos Em plena harmonia. Minha mãe sempre zelava, Com carinho e proteção, Banho dava a todo instante, Feito gesto de afeição. Até quando eu mamava, Me lavava com paixão. Pelas veredas do quintal, Com passos ligeiros, Nós, gatos, em alto astral, Três felinos...

A sina dos seis monçoeiros - Sobre os Paiaguás

  ...     Depois de uns dias esperando em vão que mais monçoeiros chegassem, resolvemos seguir viagem, rogando a proteção de Nosso Senhor Bom Jesus do Cuiabá e de Nossa Senhora da Penha. Feitas as orações, todos os viajantes foram para o porto e se meteram nos batelões. Mal havíamos começado a jornada e já ouvíamos os Paiaguás ao longe! Nos aprontamos para o ataque, pois eram ótimos nadadores e homens de muita força; era impossível vencê-los no rio. Soldados valorosos que tentavam defender sua terra — hoje bem os compreendemos — mas ataque nenhum nos veio. Tocamos avante, sempre com o ouvido atento a qualquer rumor na mata ou no rio, e chegamos em Registro Velho. Lá, deram-nos conta do paradeiro dos Paiaguás. Ajeitamo-nos e seguimos jornada ao amanhecer, mas melhor fora que lá tivéssemos ficado: fomos atacados, e muitos dos nossos monçoeiros sucumbiram, inclusive um dos bem afortunados, que percebeu que fortuna nenhuma era capaz de amansar a fúria dos indígenas. ...

A sina dos seis monçoeiros - O triste fim de Bartolomeu

  ... — Com os dois companheiros dormindo, pude mirar com mais atenção a correnteza do rio, o céu que estava claro naquela noite fria de abril ou maio; tanto tempo havia passado que já não era dado saber ao certo. — E, voltando-se para os três homens que ainda respiravam, Bartolomeu questionou: — Em que dia nos achamos?  — Dia dez de abril de 1982. — Disse o seu avô Anselmo.  — Ora pois! Mais de duzentos anos de nossa partida! Há quanto tempo temos vagado por esse rio sem descanso!  Todos ficaram perplexos com essa revelação, e então Bartolomeu recomeçou:  — Como eu dizia: a noite estava fria e limpa. Podia-se ver o Tapirapé, o caminho das estrelas, como os indígenas chamavam a Via Láctea. Estava tão formoso e tão calmo; o rio corria em sossego. Cheguei a sentir uma profunda paz. Foi quando avistei um ser mágico na beira do rio: uma formosa mulher de pele morena, cabelos longos, pretos e lisos. Ela estava se aproximando do acampamento, mas parecia pairar, alheia...

A sina dos seis monçoeiros - O avistamento da Pirataca

     Casimiro parou por um instante olhando para os companheiros de viagem e então continuou: — Era nossa quarta jornada. Levávamos cargas para barganhar com os mineradores que lá se achavam. Em nosso comboio, desta vez, iam dez batelões, sem passageiro algum em nossa canoa. A viagem levaria alguns meses. Oh, se soubesse que seria a derradeira, teria aproveitado um tanto mais no porto de Araritaguaba, o porto feliz. — Todos os homens acenaram positivamente. — Então, nossos desassossegos começaram a surgir neste trecho onde nos achamos, daí nossa recepção tão truculenta. O primeiro mau presságio foi a vista da Pirataca. — Pirataca?! — Munduco perguntou. — Sim, uma serpente descomunal passando lentamente por debaixo dos batelões! Vicente foi o primeiro a dar-se conta, nos avisando com cautela. Pelo que, já com as armas em punho, aguardamos o ataque. Percebendo que seria uma grande peleja, talvez, o monstro seguiu adiante sem atacar barca alguma do comboio. A Pirataca era um...

O caminho dos Ipês

Todos os anos têm doze meses cada mês um festejo para alegrar uma beleza para admirar uma música para dançar ainda que a vida com seus reveses tente nos derrubar Quando vejo um Ipê florido fico logo a pensar como com a vida podemos relacionar o florir e o secar dessa bela árvore popular Assim como os ipês teremos dias coloridos alguns sem graça outros penosos chegando a beirar a desgraça Pois veja, durante meio ano o ipê fica ali pelo caminho discreto com seus galhos ora com folhas, ora secos respeitando seu momento Chegamos a pensar que de tanto secar vida mais não há então ela se transforma na mais bela árvore de inverno branco, roxo, amarelo O Ipê vem nos presentear com uma bela florada  e o caminho enfeitar para nosso dia alegrar A florada dura pouco uma semana ou menos mas para quem sabe olhar a beleza dá seus acenos para se admirar e então volta a secar Façamos como os Ipês  não nos deixemos desanimar dia após dia, mês após mês vivamos a vida sem pestanejar mesmo com von...

A sina dos seis monçoeiros

  Com o falecimento do meu avô, senhor Anselmo Pelotas, a família toda precisou se mobilizar para resolver assuntos de inventário. Dentre os bens, constava uma propriedade beira-rio no Rio Tietê, onde o velho, exímio pescador e, com isso, detentor de várias histórias para contar, gostava de passar seus dias de aposentadoria lembrando da época em que o rio era navegável e havia a possibilidade de realizar festejos e pescarias, reunindo amigos e familiares. Lembro-me que adorávamos a época das férias escolares, pois sempre passávamos o período na casinha vermelha de tijolos aparentes e brincávamos livremente pelo terreno, que era muito grande, considerando o espaço que tínhamos para brincar durante o resto do ano. Então, durante os meses de julho, dezembro e janeiro, lá ia a garotada — aquele monte de criança com uma energia enorme —, e os velhos adoravam! Minha avó, dona Constança Pelotas, cozinhava várias comidas de sítio: bolos, doces, suco de fruta colhida do pé. Só brigava com ...